O robô Iskeiro, da categoria Beetleweight (1,36 kg), surgiu com o intuito de desenvolver duas características que ainda não eram presentes em projetos da equipe: o uso de um compacto lança-chamas e uma locomoção omnidirecional (que tinha o intuito de deixar o robô sempre de frente ao adversário), unidos a uma rampa como principal método para atacar e contra-atacar. A locomoção omnidirecional foi abandonada por demonstrar imprecisões na pilotagem e perdas de potência.
Após grande aprendizado e algumas competições, o projeto foi atualizado para uma nova configuração: o sistema de quatro motores escovados foi trocado por um com dois motores brushless e transmissão de movimento por polia e correia, mantendo quatro rodas. O sistema de locomoção por brushless trouxe muitas vantagens, pois o robô ganhou mais velocidade e força com um gasto menor de bateria. E, ainda, diminuiu consideravelmente o peso e o espaço necessário para o sistema de locomoção, permitindo, assim, que fossem investidas melhorias do sistema do fogo e o uso de uma rampa maior e mais resistente.
O sistema do fogo antigo era baseado no armazenamento de gás propano/butano em um isqueiro convencional, no acionamento por meio de um servo motor e no uso de um ignitor de cerâmica. O novo sistema, mais confiável e mais potente que o anterior, consiste em um tanque de gás projetado e fabricado pela equipe, um sistema de tubulação e uma válvula que permite a abertura e fechamento do gás por comando elétrico. Para acionar o fogo, é utiizado um arco elétrico, dispositivo que produz uma faísca de plasma por meio de uma descarga elétrica. Esse sistema permite obter um lança-chamas de longo alcance e com duração suficiente para atingir o adversário durante todo o combate.
Por fim, foi projetada uma estrutura extremamente leve e resistente, utilizando materiais como UHMWPE e fibra de carbono em grande parte.